Após uma disputa com o Esporte Interativo, a Globo levou a
concorrência pela Copa do Brasil e renovará com a CBF o contrato a partir de
2018 para todas as plataformas. O novo compromisso deve girar em torno de R$
350 milhões, o que representa mais do que o triplo do valor atual. Mas ainda
não há um documento assinado apesar de a emissora ter vendido o processo há
alguns meses.
A negociação da competição se deu, mais uma vez, sem
participação dos clubes que, pela lei, detêm os direitos de transmissão
sobre todos os seus jogos. Não houve também um processo licitatório no padrão
verificado na UEFA com envelopes fechados. Foram contratos da Copa do Brasil,
relacionados a placas de publicidade, que geraram investigação do FBI em torno
de propinas pagas a dirigentes da CBF como o presidente Marco Polo Del Nero.
Dentro da CBF, no entanto, é considerado certo que a proposta
da Globo foi bem superior à do Esporte Interativo. No início do ano, o canal da
Turner ofereceu um valor pouco menor do que R$ 300 milhões para os direitos de
televisão fechada e aberta, esses seriam revendidos a terceiros.
Posteriormente, a Globo cobriu a proposta. A confederação
levou a nova oferta para o Esporte Interativo que não a superou. Durante o
processo, a diretoria da CBF mencionou uma cláusula de preferência no contrato
atual da Globo. Esse tipo de mecanismo, no entanto, é vetado por decisão do
Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica).
O aumento do contrato da Globo provocará um crescimento
considerável dos valores a serem pagos aos clubes participantes do campeonato,
segundo apurou o blog. Atualmente, um campeão leva em torno de R$ 9 milhões, e
há montantes menores por etapa. Ou seja, rende bem menos do que o Brasileiro.
Agora, a emissora pretende valorizar o torneio.
A questão é que a CBF tira do contrato um percentual para
administração e outros valores para a logística da competição. Ou seja, as
passagens e hospedagens dos clubes durante o campeonato. A questão é como que a
confederação dividirá esses novos valores.
O blog procurou a confederação, a Globo e o Esporte
Interativo, mas nenhum deles que quis se pronunciar oficialmente sobre direitos
da Copa do Brasil.
Fonte: UOL
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